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Cientistas brasileiros criam teste rápido para Covid-19 com Inteligência Artificial

Ministro da Ciência, Tecnologia, Inovação e Comunicações (MTIC), Marcos Pontes, disse que resultado sai em um minuto

Além de anunciar o início de teste clínico com um medicamento já existente no País em pacientes diagnosticados com Covid-19, o ministro da Ciência, Tecnologia, Inovação e Comunicações (MTIC), Marcos Pontes, afirmou nesta quarta-feira que cientistas brasileiros criaram um teste rápido que não precisa de reagente e é capaz de apresentar um resultado em até um minuto. “É um equipamento que utiliza Inteligência Artificial (IA) e faz a iluminação com laser em espectro grande de frequências da saliva da pessoa sendo testada. Com isso, consegue detectar a presença ou não da virose”, afirmou o titular da pasta em coletiva de imprensa durante a manhã.

Isso possibilitará aumentar a capacidade de testes – entre os 15 países com mais casos confirmados do novo coronavírus, o Brasil é aquele que menos teste seus cidadãos. Conforme Pontes, os equipamentos já estão prontos e, no momento, o sistema de IA está sendo calibrado para sua eficácia total. “Em 20 dias, já conseguimos colocar (em operação) um número considerável dessas máquinas, que conseguem fazer 500 testes por dia”, pontuou.

O mecanismo é desenvolvido pelo Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia em Teranóstica e Nanobiotecnologia, localizado na Universidade Federal de Uberlândia, em Minas Gerais. Sobre o funcionamento, Pontes explicou que o equipamento tem um sensor de luz onde é analisada a amostra do paciente junto com uma de referência.

“Essa luz é colocada em um alcance muito grande. Quando você faz isso, analisa as moléculas, você tem um gráfico que será analisado pela IA, que vai dizer se tem Covid-19”, disse, explicando que o mesmo sistema pode ser utilizado, com ajustes, para detectar uma série de outros problemas, como influenza e hanseníase.

Reagentes nacionais para testes

Além disso, o CT Vacinas, da Universidade de Minas Gerais, criou um reagente nacional que tem exatamente a mesma qualidade dos importados para diagnósticos. “Nós precisamos ter uma quantidade grande de testes no Brasil disponíveis e todo mundo tem acompanhado a dificuldade que existe em adquiri-los e também em se adquirir reagentes”, pontuou, antes de mencionar uma solução nacional para o problema.

“Nós colocamos R$ 100 milhões do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico através da FINEP e do CNPQ para trabalhar nessas áreas. Então, dá para notar a importância disso em termos de autonomia no país e na possibilidade de aumentar a quantidade de testes clínicos feitos no Brasil”, afirmou.

Desta forma, Pontes estima que pacientes poderão receber tratamento antes de necessitarem ser hospitalizados. O ministro também agradeceu aos pesquisadores nacionais pelo empenho dos últimos meses. “Isso é ciência feita no Brasil, respeitada no mundo inteiro. Nossos cientistas são respeitados, não só pelo conhecimento, mas também pela atitude. Estamos falando de milhares de cientistas, muitos deles bolsistas do CNPQ. Estamos conseguindo um resultado magnífico”, avaliou.

Fonte: Correio do Povo

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