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Casos de estelionato mais que dobraram nos dois primeiros meses do ano em Bagé

Dentre os golpes aplicados estão a clonagem do telefone e pedidos de dinheiro

Uma alta nos casos de estelionato é motivo de preocupação para a Polícia Civil. Em Bagé, por exemplo, os números chegaram a 123 casos nos dois primeiros meses de 2021, sendo que, no mesmo período do ano de 2020, foram registrados 55 fatos deste crime. Ou seja, uma elevação superior a 50% foi constatada neste ano.

De acordo com o delegado regional da Polícia Civil, Luis Eduardo Benites, esses golpes, principalmente tecnológicos, via redes social Whatsapp, são o propulsores do aumento dos casos. “Nossa orientação é que a população redobre os cuidados. Um dos (casos) mais corriqueiros é a clonagem do telefone, pedidos de dinheiro, identificação como sendo parente, amigo, familiar. Bem comum esse fato. Antes, tínhamos o golpe do falso sequestro, onde os autores faziam contatos anteriores com algumas pessoas da família e depois ligavam aplicando golpes”, comentou.

Outro fato que é destacado pelo delegado é que, como com a pandemia de Covid-19, as pessoas ficam mais em casa, os estelionatos antigamente feitos nas portas dos bancos, como o famoso golpe do “bilhete premiado”, não têm essa possibilidade e os autores migraram para o crime nas redes sociais. “É uma tendência de aumento desse tipo de golpe, em face da pandemia. Assim, recomenda-se que a população tome cuidado, faça contato com os familiares, amigos, antes de qualquer envio de valores. Geralmente, as pessoas não pedem dinheiro via Whatsapp. Procurem sempre se informar com o que está ocorrendo, e esses fatos exigem mais cuidados e atenção das pessoas”, orienta.

Os números também estão altos no Estado. Em pesquisa aos dados da Secretaria de Segurança Pública, a quantidade de estelionatos em todo RS chega, em apenas dois meses, a 11.487 casos em 2021, sendo que, em 2020, o total, no mesmo período, foi de 6.014 casos, quase dobrando neste ano.

O que é

Estelionato: fraude praticada em contratos ou convenções, que induz alguém a uma falsa concepção de algo com o intuito de obter vantagem ilícita para si ou para outros (p.ex., a venda de coisa alheia como própria, a hipoteca de bem já hipotecado, a emissão de cheque sem fundos).

Fonte: Jornal Minuano / por Rochele Barbosa

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