Cadeia produtiva do arroz gera mais de 50 mil empregos diretos no Rio Grande do Sul
As lavouras de arroz empregam 37 mil trabalhadores no Rio Grande do Sul. Depois de cultivado e colhido, os grãos vão para a indústria, onde outras 15 mil pessoas trabalham. Com isso, a cadeia produtiva do arroz gera mais de 50 mil empregos diretos no Rio Grande do Sul, segundo dados do Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga) e do Sindicato das Indústrias de Arroz do Rio Grande do Sul (Sindarroz). O estado é o maior produtor de arroz do país.
Além disso, os ganhos proporcionados pela atividade são muito importantes, especialmente nas comunidades arrozeiras espalhadas pelo interior do estado, segundo afirma o coordenador regional do Irga, André Matos. “Principalmente nas economias do interior aqui das comunidades arrozeiras, o setor de comércio e serviço são movimentados, e muito, por essa renda do trabalhador rural”, explica.
Somente Pelotas, no Sul do estado, são 23 indústrias de beneficiamento de arroz. Em uma delas, cerca de 360 pessoas estão empregadas, e na época de safra, o número aumenta. Cinquenta funcionários foram contratados. Destes, cerca de 30% devem ser efetivados pela empresa.
O secadorista Paulo César é um dos funcionários, que trabalha na indústria desde 2008. Com o salário ganho na fábrica, ele consegue sustentar a família e traçar planos para o futuro. “Conquistei minha casa, eu tenho meu carro, minha moto; eu quero me aposentar trabalhando com o arroz”, projeta ele.
Na lavoura, os trabalhadores acumulam experiência e conhecimento no cultivo do arroz. Em uma propriedade de Pelotas, com mil hectares, 45 pessoas trabalham. Entre eles, está Ori José Oliveira, há 40 anos nas plantações.
“Antigamente o cara trabalhava tudo manual, praticamente não existia trator, não existia máquina, nada. Tudo era na base da pá. Aí depois ‘pegou’ a trilhadeira apareceu e depois ficou mais moderna a coisa.”
G1/RS
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