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Banco Mundial aponta crescimento da pobreza e desigualdade social no Brasil

O Banco Mundial realizou um estudo que analisou a situação dos 40% mais pobres desde crise de 2014 e revela que, enquanto renda média dos brasileiros cresceu, a dos mais carentes caiu 1,4% por ano. País registrou o pior desempenho da América Latina.

Os brasileiros na faixa dos 40% mais pobres, população equivalente a 85 milhões de pessoas, começaram este ano de pandemia da covid-19 sem terem recuperado a renda que tinham antes da recessão iniciada em 2014. O mesmo não ocorreu com a outra parcela da população, que no início do ano já recebia uma renda superior à do período pré-crise.

Os cálculos são de estudo do Banco Mundial realizado a partir de dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD). A parte mais pobre da população teve alívio temporário ao longo de 2020 com o auxílio emergencial, mas muitos voltarão à situação anterior após o fim do benefício, em dezembro.

Esse cenário é resultado de uma conjunção de fatores, como o nível de endividamento das famílias, a mudança excessivamente abrupta de uma política fiscal expansionista para contracionista, a queda geral do consumo e a fuga de divisas após o país perder o selo de bom pagador, conhecido como grau de investimento, em 2015.

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