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Bagé tem mais quatro internados em UTI suspeitos de covid-19

Agora o município registra 10 internados nos leitos de UTI reservados para o tratamento da doença, restando apenas quatro livres

Na tarde de ontem, a Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) da Santa Casa de Caridade de Bagé recebeu quatro novos pacientes com suspeita de covid-19. Com os recém-chegados, agora o município registra 10 internados nos leitos de UTI reservados para o tratamento da doença, restando apenas quatro livres, sendo que dois estão utilizando os respiradores mecânicos. Em leitos clínicos, a Santa Casa de Caridade possui oito pessoas, já confirmadas, em tratamento para a infecção pelo novo coronavírus.

Além dos 14 leitos de UTI, ao todo, Bagé possuí cerca de 107 leitos clínicos, exclusivos, para internações de pacientes da covid-19. São 37 na Santa Casa, 30 no Hospital Universitário e 40 no Hospital de Campanha. Segundo o coordenador da 7ª Coordenadoria Regional de Saúde, o médico Ricardo Necchi, este tem sido o principal motivo para manter os municípios na bandeira laranja. A estrutura de suporte também conta com cerca de 40 respiradores distribuídos nas UTI adulta e pediátrica da Santa Casa, no Hospital Universitário, na Unidade de Pronto-Atendimento (UPA) 24h e no Hospital Militar da Guarnição de Bagé (Hguba).   

Com relação à última atualização das bandeiras, Necchi diz estar preocupado com as próximas semanas, principalmente depois das aglomerações registradas na sexta-feira, sábado e domingo. O índice que mede o alerta de contágio registrou na semana passada  1.36 pontos, para esta semana, de 20 a 24 de julho, o índice inicia em 1.34, a média para entrar em nível de alerta vermelho é 1.5 pontos. “Estamos no meio do caminho. A região de Pelotas, por exemplo, está com 1.49, por 0,1 décimo está em nível laranja. Temos de ser cautelosos”, reforça o coordenador.

Quanto a um possível fechamento do comércio, se o número de casos aumentar no decorrer da semana, Necchi se diz contrário. “Sinceramente sou contrário e por um motivo. Temos visto as pessoas desrespeitando as medidas de segurança. Aglomerando-se na beira das estradas, na rodovia para Aceguá, procurando lugares distantes do centro para esconderem-se da fiscalização e realizarem reuniões. Não adianta fechar o comércio, seria injusto. Os comerciantes disponibilizam álcool-gel, limitam o número de pessoas nos estabelecimentos, eles têm se esforçado para obedecer as regras, mas se as pessoas continuarem com aglomerações, não adianta fechar o comércio”, opina.

Sobre a Santa Casa de Bagé, Necchi ressalta não haver motivos para preocupação que o hospital seja um vetor de contágio. Segundo o médico, menos de 10% dos pacientes infectados são funcionários da Santa Casa, enquanto outras regiões têm em média contágio superior a este percentual.

Fonte: Folha do Sul  

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