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Até o momento, quatro casos de Maria da Penha foram registrados em Dom Pedrito

Agressões, ameaças e descumprimento de medidas são algumas das situações levadas ao conhecimento das autoridades nesta terça-feira

Uma viatura da Brigada Militar em frente à delegacia é o que basta para quem trabalha com jornalismo, parar e dar uma conferida. Era meio dia, horário em que a Delegacia de Polícia já está fechada há meia hora. Entramos e lá dentro uma mulher, acompanhada de dois policiais militares registrava uma ocorrência. Nisso, a plantonista nos conta que se tratava do terceiro caso de Maria da Penha. Lá permanecemos para tomar conhecimento dos casos.

Depois de poucos minutos, eis que mais uma mulher bate a porta da delegacia e, adivinhe, ela procurava a polícia para dar queixa do ex-companheiro, já proibido de se aproximar devido à medidas protetivas.

Voltemos aos registros:

– O primeiro, feito às 9h, a mulher refere que o genro, morador de outra cidade, passou a lhe perturbar e ameaçar de morte. No registro, ela disse que o genro parece ter problemas mentais e que chegou a ameaça-la de arrancar os olhos da sua filha e comer, como tinha feito com uma ex-mulher. Depois das ameaçar, o acusado ainda disse que retornará para Dom Pedrito na próxima semana.

– às 10h, outra mulher procura a delegacia dizendo que ex-companheiro, com quem teve um relacionamento por quatro meses, o qual foi terminado há dois meses, passou a ficar nos arredores de sua casa, por não aceitar o fim do relacionamento. Este parece ser mais um caso de um homem apaixonado, pois a vítima relatou que já encontrou flores dentro de seu pátio por duas vezes, e acredita que foram colocadas pelo acusado. Ele manda mensagens para seu celular, procurou-a em seu trabalho, enfim. Ela manifestou interesse de representar criminalmente contra o ex-companheiro.

– Às 12h10min, inicia o relato de uma mulher referindo que há vários anos sofre violência domestica de seu companheiro, com quem convive há praticamente 30 anos. Ela precisou chamar a Brigada Militar, que conduziu o casal até a delegacia. O maridão estava bastante eufórico e com sinais de embriaguez. A mulher referiu que agora precisa tomar medicamentos controlados em função das agressões sofridas durante anos. Ela solicitou as medidas protetivas. O valentão preferiu ficar calado durante o registro e foi informado que não poderia retornar até a casa da vítima. Pouco depois das 15h, descumprindo a orientação policial, ele vai até a casa da vitima e é novamente preso pela Brigada Militar.

– Por fim, às 13h15min, uma senhora que aguardava sentada sua vez de ser atendida, informou a plantonista sobre o seu caso. Contou ela que já havia registrado um Boletim de Ocorrência contra o ex-companheiro, no dia 24 deste mês. Hoje, ao retornar para sua casa depois de dois dias afastada, por conta do medo, encontrou a casa com sinais de que o ex-companheiro tivesse estado em seu interior. Poucos instantes depois ele aparece e leva o filho de três anos do casal e retorna logo depois com a criança. A Mulher relatou, por fim, que faz uso de medicações, tudo por conta do relacionamento abusivo. Ela manifestou desejo de representar criminalmente.

*Os nomes foram suprimidos para preservar a identidade das vítimas.

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