Apenada é detida por posse de entorpecentes no PEDP

No final da tarde de ontem (07), por volta das 17h45, agentes da Superintendência dos Serviços Penitenciários (SUSEPE) estiveram na Delegacia de Polícia para informar que receberam uma denúncia de que algumas apenadas estariam oferecendo música em uma rádio da cidade, sendo assim, procederam a revista em duas celas femininas com o intuito de encontrar algum telefone celular.
Durante a revista, os agentes pediram que a apenada Alana de Oliveira Boijink abrisse a boca, pois ela não falava nada. Ela abriu e retirou uma substância, a qual afirmou para eles se tratar de maconha. A mesma foi conduzida até a DP para que fosse feito registro de posse de entorpecente. Após, ela foi reconduzida ao Presídio Estadual de Dom Pedrito (PEDP). Vale lembrar que Alana foi presa em novembro de 2015, por tráfico de drogas.
Em julho de 2016, Alana foi condenada a pena de 04 anos e 02 meses de reclusão em regime semiaberto pelo Juiz da 1ª Vara da Comarca de Dom Pedrito. A defesa da apenada chegou a entrar com um habeas corpus em segunda instância, mas por unanimidade, os Desembargadores da 2ª Câmara Criminal do TJRS, em maio de 2017, decidiram rejeitar o pedido.
Em seu voto, o Desembargador Victor Luiz Barcellos Lima, relator da decisão, disse que “prisão preventiva não é pena, e, portanto, não há regime para o seu cumprimento. Logo, se mostra divorciada do sistema jurídico vigente, a assertiva do impetrante de que, ao ser indeferido à condenada o direito de recorrer em liberdade, estar-se-lhe-ia aplicando regime prisional mais gravoso do que aquele previsto no título executivo que ainda pende de trânsito em julgado. Persistindo os motivos ensejadores da segregação, como expressamente reconhecido em sentença, não tem lugar a concessão de liberdade provisória”.
Relembre o caso
A Polícia Civil de Dom Pedrito prendeu Alana Oliveira Boijink, 22 anos de idade, na noite desta terça-feira (18), por volta das 21h30. Em entrevista à Qwerty, o inspetor Telles disse que a Polícia Civil recebeu a informação que Alana teria ido buscar drogas em Porto Alegre.
Desde então, os agentes de Dom Pedrito, em parceria com policiais de outras cidades, começaram a monitorar Alana pelos locais onde ela passava, resultando na sua prisão que foi efetuada em sua chegada a Dom Pedrito. Com a jovem, foram apreendidas 904 gramas de haxixe. Ainda segundo Telles, Alana tem outras passagens por tráfico de drogas.
O delegado Cristiano Ribeiro Ritta ressaltou que essa foi a maior apreensão de haxixe do Rio Grande do Sul, neste ano. A droga é comercializada a R$ 30,00 a grama. São R$ 27.500,00 de prejuízo para o tráfico de drogas. Com a apreensão feita ontem, somente nesta semana, a Polícia deu um prejuízo superior a R$ 70 mil para o tráfico de entorpecentes de Dom Pedrito.