A notícia, categoria “fake news” de que a água fornecida pela Corsan em Dom Pedrito estaria contaminada com o protozoário transmissor da toxoplasmose vem se espalhando em redes sociais como o WhatsApp. Dezenas, senão, centenas de pessoas receberam a mensagem onde um médico recomendava determinada pessoa não consumir água da torneira porque ela estaria sendo veículo de transmissão. Popularmente chamada “doença do gato”, é uma doença infecciosa, congênita ou adquirida, causada por um protozoário chamado Toxoplasma gondii, encontrado nas fezes dos gatos e outros felinos. Contudo, homens e outros animais também podem hospedar o parasita.
Nós conversamos com o gerente da Corsan, Giosepe Maino BIca sobre a propagação da mensagem. Pepe disparou: “Mentira total”, e ainda comentou sobre o principal meio de transmissão, que seria a carne. Mencionou a portaria nº 2.914, de 12 de dezembro de 2011, do Ministério da Saúde, onde em seu art. 30, parágrafo 2° aparece: “O valor máximo permitido de 0,5 uT para água filtrada por filtração rápida (tratamento completo ou filtração direta), assim como o valor máximo permitido de 1,0 uT para água filtrada por filtração lenta, estabelecidos no Anexo II desta Portaria, deverão ser atingidos conforme as metas progressivas definidas no Anexo III a esta Portaria”.
Deste modo, para que possa haver a transmissão da toxoplasmose pela água, é preciso que este valor esteja acima de 0,5 uT para água filtrada por filtração rápida, medida que Pepe referiu nunca ultrapassar este valor, ao menos, desde a sua chegada, em março desde ano. Isto isenta totalmente a possibilidade de que água fornecida pela Corsan esteja contaminada.
As fake news são responsáveis, muitas vezes, por gerar pânico na população. Notícias esdrúxulas, fantasiosas, algumas delas criadas intencionalmente por pessoas inescrupulosas, acham terreno fértil nas redes sociais. A imprensa séria tem, portanto, o dever de checar e esclarecer o público sobre o que de fato é notícia. Fique de olho aberto.
