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Seis anos após anúncio da pavimentação, usuários reclamam das condições da rodovia

Estrada liga o município de Bagé a Lavras do Sul

A cada período chuvoso, a comunidade que trafega pela ERS-473, popularmente conhecida como Bagé-Lavras, lamenta que uma demanda de muitos anos ainda não se concretizou: a pavimentação da rodovia.  Neste dia 10 de agosto, há exatos seis anos, foi anunciado, pelo então governo do Estado, na época Tarso Genro, que a rodovia estadual receberia pavimentação em 22,7 quilômetros. Na ocasião, o trecho que teria a melhoria seria o que liga o distrito de Torquato Severo, em Dom Pedrito, à BR-293.

A notícia de que, enfim, começariam as obras de asfaltamento na rodovia foi divulgada há seis anos, em ato solene que contou com a presença dos então secretários de Estado Luiz Fernando Mainardi e Beto Albuquerque. Ambos destacaram a importância da iniciativa, que teria um custo  de R$ 20,7 milhões, para o desenvolvimento da região, sendo uma solução de uma demanda histórica.

A previsão do término da obra era para dezembro de 2013, porém, em dezembro de 2012, ela já sofreria a primeira de uma série de paralisações. No decorrer do tempo, inúmeras foram as mobilizações da sociedade civil da região que clamava pela retomada, em definitivo, do trabalho. Mesmo com a mudança no governo estadual, em 2015, não houve avanços para a obra de pavimentação.  Agora, conforme o Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem (Daer), o contrato para conservação da rodovia com a Construbras, empresa terceirizada que cuida da manutenção do local, dura todo este ano.

Problemas e prejuízos   Em contato, ontem, com a assessoria de comunicação do Daer, foi informado que a rodovia recebeu serviços de patrolagem nos últimos dias. “De acordo com a Superintendência Regional de Bagé, está em boas condições. Assim que a chuva parar, a rodovia irá receber novos serviços de patrolagem”, destacou a comunicação do departamento. Funcionário de um frigorífico em Bagé, Marcelo Silva destaca que utiliza a rodovia nos finais de semana e que, a cada chuva, sabe-se que haverá problemas para trafegar na via. “Hoje (ontem), por exemplo, as condições estão críticas. Quem trafega pela Bagé-Lavras tem conhecimento de que vai enfrentar buracos, lama, pedras. Inclusive, certa vez, uma furou um pneu novo de meu carro. Ou seja, além dos transtornos de aumentar, e muito, o tempo de viagem, as condições da rodovia trazem prejuízos econômicos para quem precisa utilizá-la”, reclama Silva.

Sem esperança
Opinião que é compartilhada pela estudante Renata Cardoso. Ela precisa usar, diariamente, a rodovia para cursar faculdade em Bagé. “A gente observa que é só promessa política, porque, desde que eu era criança, eu ouvia que iriam asfaltar a estrada”, comentou.  Renata conta que existe uma associação de estudantes lavrenses que usa ônibus para vir a Bagé estudar. “Já fomos 58 alunos que iam e vinham de ônibus a Bagé. Hoje, somos 25. A questão é que é muito difícil morar em Lavras do Sul e vir todos os dias a Bagé enfrentando essa estrada. Temos que sair às 16h15min para chegar no horário da aula à noite. Várias vezes, na volta, ficamos empenhados na estrada e só chegamos de madrugada ou de manhã em Lavras. Isso faz com que muitos mudem para Bagé ou estudem em outras cidades”, detalha a universitária.  Para ela, não há esperança, tão cedo, de pavimentação da ERS-473. “Perdemos a expectativa de que isso ocorra. Há décadas ouvimos que um dia irão asfaltar essa rodovia”, conclui Renata.

Fonte: Jornal Folha do Sul (Reprodução)

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