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Editorial: das dificuldades do magistério e o peso das eleições

Mostramos em reportagem veiculada terça-feira (31), o desinteresse dos jovens em seguir carreira no magistério. Os motivos são fáceis de apontar: defasagem salarial, desvalorização profissional, alunos cada vez mais indisciplinados (daí, muitas vezes, é transferida ao professor a tarefa de educa-los) e, para agravar, parcelamento dos salários na rede estadual. Qualquer dos motivos já é um sinal amarelo para não seguir o magistério como carreira – embora ‘carreira’ não seja um termo adequado, quando se trata de uma vocação: sim, magistério é vocação. Mas existe forma de mudar este cenário? Existe, mas passa pelo governo (lembrando que a educação no Brasil é estatal, mesmo escolas privadas estão sob julgo estatal), e o governo é um grande problema: inchado, corrupto e ineficiente. Daí as eleições deste ano apresentam um peso maior do que qualquer outra: se pode mudar os representantes em todas as esferas, profundamente. É o establishment, basicamente o mesmo desde a saída dos militares ou (ainda com o devido pé atrás) o novo. Políticos completamente alheios ao povo, vivendo em realidades paralelas enquanto enclausurados em seus gabinetes. Existe chance para mudar tudo isso. As eleições já começaram, embora não oficialmente.

Uma observação: os estragos feitos na economia, propriamente os problemas econômicos, não serão resolvidos facilmente, talvez levando anos para encontrar um equilíbrio, se as devidas reformas não forem adotadas.

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