Responsável pela Inspetoria de Defesa Agropecuária esclarece dúvidas sobre vacinação contra febre aftosa
Assista entrevista completa no Jornal das Oito desta quinta-feira

Maio é o mês da primeira etapa da vacinação contra febre aftosa. Para saber mais informações sobre o assunto, entrevistamos o médico veterinário Robson Garagorry da Rosa, responsável pela Inspetoria de Defesa Agropecuária (IDA). Segundo ele, em Dom Pedrito, cerca de 330 mil bovinos devem ser vacinados durante o mês de maio. Após a vacinação, os proprietários precisam proceder com a homologação na IDA.
De acordo com Robson, a Inspetoria está com duas equipes realizando a vacinação. “O produtor já está se antecipando, fazendo a vacina. Até em questão do tempo, muitos já se adiantaram e já estamos com um índice bom de vacinação”, comenta. Atualmente, o Rio Grande do Sul é considerado zona livre de febre aftosa, entretanto, ainda depende de outros fatores para que a vacinação não seja mais realizada, a exemplo de Santa Catarina, onde a vacinação não é realizada desde 2000.
O rebanho do município é de cerca de 330 mil cabeças, de acordo com a Declaração Anual prestada pelos produtores em 2017. No final da vacinação, os proprietários também deverão entregar a Declaração, para ajuste dos dados.
O último caso de febre aftosa registrado no Estado foi em 2001, enquanto no país foi no Mato Grosso do Sul, em 2006. Robson salienta que a propagação da febre aftosa é muito rápida. Os sintomas são: febre alta, presença de aftas na língua, no casco ou nos mamilos. Qualquer sintoma deverá ser notificado à Inspetoria, alerta Garagorry.
Apesar da Secretaria de Agricultura, Pecuária e Irrigação (Seapi) não oferecer doses gratuitas, foi possível providenciar algumas doses junto ao Ministério da Agricultura. “Produtores com até 30 cabeças, assentamentos rurais e proprietários que tenham criação no entorno da cidade ou arredores. Para estes produtores, faremos a vacina oficial”, salienta Garagorry. As equipes estão percorrendo algumas localidades para efetivar a vacinação sem custos.
O produtor rural que for executar a vacinação no rebanho também precisa tomar algumas precauções, como condições de armazenamento das doses na temperatura adequada – entre 2° e 8° graus. A vacinação também deve ser feita, no mínimo, até cinco dias após a compra das doses. Cuidados também são necessários com as pistolas de aplicação, é preciso executar uma limpeza e manter agulhas limpas com álcool iodado. “Cuidados para evitar que após a vacinação, o animal não venha a ter uma infecção no local”, alerta. Garagorry também aconselha vacinação na região do pescoço, ao invés do traseiro do animal.
Quem não vacinar em tempo hábil deverá pagar multa de 60 UPFs (Unidade Padrão Fiscal), o que equivale a cerca de R$ 1.128,00 por cabeça.
Assista a entrevistas no Jornal das Oito desta quinta-feira, às 20h, na Qwerty TV (http://tv.qwerty.com.br) ou na página da Qwerty Portal de Notícias no Facebook.