ONG Amigo Bicho pede “atitude” à comunidade com relação aos animais, e aguarda pelo governo

A Organização Não Governamental (ONG) Amigo Bicho manifestou-se ontem (13) no sentido de pedir aos munícipes que tenham “atitude” com relação aos animais, assumindo a quota de responsabilidade que cabe a cada um na proteção dos animais errantes e/ou abandonados e não transferindo essa responsabilidade somente aos 15 membros da Organização, “(…) que trabalham, estudam, têm seus problemas para resolver e não podem arcar sozinhos com tudo”, diz a vice-presidente Anne Fagundes.
“Não temos um local para ‘depositar’ os animais que os irresponsáveis jogam na rua. Aliás, nenhum local suportaria abrigar tantos cães. Por isso imploramos para que o pessoal se responsabilize por seus animais. Se não têm condições de castrá-los com um médico veterinário particular, vamos aguardar o cumprimento das promessas do poder público em vir a proceder as castrações mensais e, por enquanto, pelo menos vacinem as cadelas”, acrescenta Anne.
Recém-chegada de Porto Alegre, onde vinha morando, a pedritense Gi Ferreira, fiscal da ONG, destaca que ficou impressionada quando retornou a Dom Pedrito, em outubro passado, “(…) com a falta de informações que as pessoas têm a respeito das castrações. Aqui não há esse hábito e muita gente ainda tem receio de que algo aconteça ao animal castrado. Mas se trata de um procedimento muito seguro (se efetuado por profissional médico-veterinário)”, enfatiza.
Já a presidente da ONG, Maria Antônia Oliveira, renova o alerta de que a entidade “(…) não recolhe animais. Foram 16 abandonados somente neste último final de semana”, informa.
O momento da ONG Amigo Bicho é, pode-se dizer, “promissor”. O grupo vem mantendo frequentes contatos com a administração municipal, já promoveram reuniões com o prefeito Mário Augusto de Freire Gonçalves e alguns vereadores, e os voluntários estão confiantes nas promessas do novo governo, que sinalizou para a construção de um centro de Bem-Estar Animal, que disponibilizará um médico-veterinário dos quadros da prefeitura para atender e tratar animais de rua, atropelados ou doentes; também haverá a terceirização de serviços de castrações e, ainda, a extinção do canil, quando, gradativamente, todos os cães lá recolhidos atualmente serão destinados à adoção.
“Se você encontrar animais e até mesmo ninhadas nas ruas, nas estradas, em valetas, tenha atitude. Peça ajuda aos vizinhos, faça uma casinha, levem-nos para algum local, alimente-os e lhes dê água. Não joguem toda a responsabilidade para um grupo de apenas 15 voluntários. Contamos com todos vocês, que como nós amam os animais”, desfecha Anne Fagundes.
Silvio Bermann