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Palestra de José Luiz Tejon Megido lota as dependências do Dom Pedrito Country Clube

O Dom Pedrito Country Clube ficou completamente lotado na noite de ontem, sexta-feira (4), com a palestra motivacional do uruguaio José Luiz Tejon Megido. O evento foi do inteiro agrado de todos que prestaram atenção em cada palavra do palestrante, que levou sua experiência de vida e contagiou a todos.

A Vida de José Luiz Tejon Megido

As ininterruptas mudanças ao longo da vida de Tejon o levaram a ser Diretor estatutário do Grupo O Estado de S. Paulo (Jornal Estadão). Foi diretor do Grupo Agroceres e da Jacto S/A. Tejon aprendia com o fazer, com o pegar na massa da vida e, ao olhar, admirar com criatividade e realizar. Participou de negociações em muitos países, como Japão, Índia, África do Sul, Escócia, França, Inglaterra, Holanda, Itália, Portugal, Espanha, Noruega, América Latina. Nos Estados Unidos atuou decisivamente na viabilização da “Join Venture” da BellSouth Corporation com o Grupo Estado. Dessa forma, na sua vida profissional, como alto executivo, tem uma carreira de sucesso.

Foi diversas vezes premiado com o top de Marketing da ADVB e como profissional do ano. Em Israel mergulhou em reflexões em Tel Megiddo, o ponto geográfico do Apocalipse, conhecido como Armageddon, e de lá escreveu a obra: “O Código da Superação”. Mas antes disso tudo, transformações e mudanças sempre marcaram e marcam sua vida. Nos anos 70 fazia música para teatro e recebeu o Prêmio Governador do Estado como melhor música para teatro, com a peça “A Balada de Manhattan”, de Leo Gilson Ribeiro.

Foi do encontro com a música que concebeu o gigantesco poder da criatividade como maestro de uma vida humana, sob quaisquer circunstâncias. E ampliou suas convicções de que superação é o poder da capacidade humana de realizar o máximo dos seus dons e das suas vocações, mesmo sob os piores terrenos, gigantescos obstáculos e imensos sofrimentos. Há dez anos Tejon decide mudar de novo. Assume a carreira de acadêmico, consultor, palestrante e escritor. No total são 32 livros em autoria e co-autoria. E escreve o seu primeiro livro sobre a arte da superação, onde mais uma vez é recompensado com enorme destaque, vindo a ser um best seller: “O Voo do Cisne”. Cria a TCAInternacional em parceria com o Studio Panzarani, em Roma (Itália), e desenvolve um segmento inovador em Marketing, denominado “análise sensorial de Marketing”.

Tejon sempre termina premiado em suas mudanças. Novamente recebe o prêmio máximo na categoria de professor palestrante no Brasil, sendo eleito “top of mind” pelo prêmio Estadão de RH. E figura há quatro anos dentre os eleitos “top five” do país. Vira membro do Conselho de Empresas e de Entidades Representativas. Entretanto, jamais abandona o voluntariado, uma marca permanente na sua vida. Presta serviços para o Instituto Cidadania, ajudando pessoas com dificuldades especiais na obtenção de colocação profissional. Palestra para a Fundação Casa, APAE, AACD, Associação de Pais Adotivos, igrejas de diversos credos, Hospital do Câncer, Santa Casa e instituições sem fins lucrativos.

Porém, se a razão orienta, é a emoção que movimenta. Toda essa conquista Tejon alega ter conseguido graças às dificuldades, às circunstâncias adversas desde seu nascimento e à comunidade onde viveu em Santos, pais adotivos e família adotiva. “Me ensinaram a fazer escolhas, recolhendo os retalhos certos de cada ambiente onde vivi, e com isso tenho construído colchas de retalhos gostosas, belas e que provocam profundas impressões nas pessoas”.

Esse hoje homem de sucesso, Tejon foi filho de mãe solteira. Sua mãe, para não morrer fugiu da Espanha, onde morava. Chegou ao porto de Santos com seis meses de gravidez. Não conseguia sustentar o menino Tejon. O entregou para adoção a um casal de imigrantes, também pobres e trabalhadores, que não podiam ter filhos. Sua mãe biológica foi para a Argentina tentar melhorar de vida; lá faleceu e ele não conheceu sua mãe legítima. Aos quatro anos sofreu uma terrível queimadura, destruindo completamente sua face. Foi salvo por milagre, não ficou cego por impressionante sorte. Ingeriu e danificou seus pulmões numa mistura de cera com gasolina, os elementos provocadores desse acidente doméstico.

O impacto das mudanças já eram uma constante ao longo de todo seu destino, desde a concepção no ventre materno, na fuga da mãe biológica, na adoção, na queimadura e plásticas de reconstituição facial, com a tecnologia que a época permitia, nos anos 50 e 60. Tomou centenas de anestesias fortes. Sofreu dores gigantescas. Como não podia sair do hospital no início do tratamento, iniciou seus estudos numa escolinha para crianças excepcionais, anexa à Santa Casa de Santos. Ali conviveu com as mais distintas crianças, cada uma diferente e com dificuldades especiais. Foi nesse ambiente que concebeu o amálgama dos seus valores, aprendeu a julgar, a escolher e a se apaixonar pela mudança. A mudança veio como uma força poderosa na vida de Tejon, que os invés de não aceitar foi aprendendo a construir papéis, aprendizados e a fazer uma das mais difíceis façanhas numa vida: “buscar seus dons e fazê-los vingar e viver, mesmo sob as mais adversas circunstâncias”.

Tejon tem 4 filhos, todos independentes; uma neta e um neto; e diz que sempre criou seus filhos para poderem voar, e jamais para se acomodarem nos seus ninhos. Não temer a mudança inexorável e escolher os retalhos certos dos ambientes oferecidos, compreendendo que jamais superamos qualquer coisa sozinhos faz parte essencial de sua cadeia de valores.

Uma vez por mês Tejon se apresenta com sua banda de rock no “Rhinos Pub”, e ensina que a felicidade é o único caminho possível para obter sucesso. Não conseguimos sucesso se não realizarmos o trabalho com muita felicidade, amor e alegria. Precisamos trabalhar com o amor de um artesão, estudar com a paixão de uma criança que ama aprender o novo e nos divertirmos todo o tempo. A vida não dá tempo para quem não dá valor ao tempo, e o Deus Cronos não gosta de mau humor, cara feia e zangados. Acima de tudo: divirtam-se. Só a sua criança interior salva! Humildade, Humor e Humanismo… a regra de ouro.

Tejon, de um menino sem pai, adotado, sem rosto, com a face queimada e destruída, vindo a ser uma pessoa com vários papéis novos. Reconstruindo a própria face na multiplicidade de vidas que aprendeu desde a infância a conceber. Se para ele isso foi possível, o que dizer de cada um de nós?

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