Bagé tem quatro crianças internadas com coronavírus
Duas estão na UTI. Pedido é para que pais vacinem os pequenos.

O médico Ricardo Necchi, secretário-adjunto de Saúde do município, confirmou que há duas crianças internadas na UTI com covid-19 e mais duas em leitos clínicos. O profissional alertou que a variante Ômicron tem sido responsável pela internação de crianças, o que antes não acontecia com tanta frequência. Ele ponderou que, antes, com as demais variantes, as crianças, por vezes, nem manifestavam sintomas. Isso já não é uma realidade.
Até a noite de domingo, 673 pessoas estavam em isolamento domiciliar com confirmação para a doença e havia 13 pessoas em leitos clínicos da Santa Casa, além de duas na UTI. Necchi, na semana passada, sobre a demanda hospitalar, chegou a afirmar que era administrável. Porém, ontem, mencionou que o município realizou uma reunião com a Sétima Coordenadoria de Saúde e com os dois hospitais – Santa Casa e Universitário – e ficou acertado que o HU irá ajudar com 10 leitos para garantir o atendimento necessário. Atualmente, a Santa Casa disponibiliza 20 leitos covid-19 e, ontem, segundo Necchi, cerca de 18 estavam ocupados.
Necchi alertou que o pico desta nova onda ainda está por vir e é esperado para a primeira quinzena de fevereiro. Porém, ainda é preciso considerar o carnaval. O médico lembrou que o número de casos tem crescido exponencialmente. Segundo ele, 40% das pessoas testadas têm positivado para a doença. Por outro lado, mencionou que o número de internações e óbitos não têm sido proporcional.
A grande maioria das pessoas não precisa de internação e os pacientes internados têm evoluído bem. Ou seja, essa variante é “mais benigna” que as anteriores, como definiu. Ele alertou que está comprovado que aqueles que completaram o esquema vacinal tem 16 vezes mais chances de não precisar de internação diante da doença. E reforçou a necessidade da imunização.
O médico defendeu a vacinação contra a covid-19 inclusive para as crianças. Ele pediu que colegas parem de não recomendar a imunização para as famílias. Lembrou que a Anvisa recomenda, assim como a OMS, e outros importantes órgãos de Saúde. O apelo é para que se combata as fake news. “A ideia de que não se vacine é extremamente perigosa”, manifestou.
Fonte: Jornal Folha do Sul