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BBB – Bonita, barulhenta e bicuda, conheça a Curicaca

Confira o canto desta ave que apesar de mais comum em áreas como o pantanal, migrou para várias partes do Brasil e é vista há muitos anos em Dom Pedrito

Seu nome popular é onomatopaico, semelhante ao som do seu canto, composto de gritos fortes. Conhecida também como despertador (Pantanal), carucaca, curicaca-comum, curicaca-branca, curicaca-de-pescoço-branco e caricaca (algumas cidades de Minas Gerais).

A ideia de falar sobre essa ave surgiu do comentário local de que ela é barulhenta, ao ponto de causar incômodo a muitos moradores da área urbana. Segundo Anabela Silveira de Oliveira Deble, Bióloga, Dra. Prof. do Curso de Ciências Biológicas e Gestão Ambiental da Urcamp, a Curicaca forma ninhos em árvores altas e é vista no município há pelo menos uns dez anos.

No centro de Dom Pedrito ela costuma ser vista no começo e no final do dia, empoleirada em árvores altas e nas antenas de telefonia.

A beleza física desta ave, como também de seu canto são muito bem exaltados no poema de Eulália Martorano Camargo, que faz ainda uma associação desta espécie com as araucárias (Araucaria angustifolia), uma cena típica dos Campos de Cima da Serra no Sul do País.

Algazarra faz
A Curicaca pela manhã
Seu canto alegre
Acorda todo mundo

Ave estranha
Ave exótica
Porém, simpática
É a Curicaca (…)

Ave passeadeira
Sai ao amanhecer
Só volta ao entardecer
Muito animada
Não sei se o pinheiro
Teria graça
Sem a Curicaca

Canta, Curicaca, canta
Quero acordar
Toda manhã
Com seu canto

Nome Científico

Seu nome científico significa: do (grego) theristikos, theistron = ferramenta para colher, ceifar, foice; e do (latim) caudatus = referente à cauda. ⇒ Ave com bico em forma de foice e com cauda curta.

Características

macho costuma ser um pouco maior que a fêmea, atingindo 69 centímetros de comprimento e cerca de 143 centímetros de envergadura.
Distinguível pela coloração clara, asas largas e bico longo e curvo. Apresenta o dorso cinzento-claro, com brilho esverdeado, rêmiges e retrizes pretas; parte das coberteiras superiores das asas é esbranquiçada, formando uma mancha clara no lado superior da asa, visível durante o voo.

Alimentação

Alimenta-se durante o dia e também ao pôr-do-sol. Tem alimentação variada, composta por artrópodes, como centopeias, aranhas, insetos adultos e larvas, entre outros invertebrados, podendo predar ainda pequenos lagartos, ratos, caramujos, anfíbios e pequenas serpentes, e até mesmo aves menores. Seu bico, longo e curvo, é adaptado para extrair larvas de besouros e outros insetos da terra fofa. É um dos poucos predadores que não se incomodam com as toxinas liberadas pelo sapo (Bufo granulosus), por isso este anfíbio pode fazer parte de sua dieta.

Reprodução

Costuma pôr de dois a quatro ovos, em ninhos de gravetos nas árvores ou mesmo grandes rochas nos campos. Os ninhos formam colônias numerosas durante o período de reprodução. Habita campos secos, alagados e pastagens.

Hábitos

Vive geralmente em bandos pequenos ou solitária, procurando alimento em campos de gramíneas ou em alagados. É diurna e crepuscular. Anda em pequenos grupos, que à noite se empoleiram nas árvores. Gosta de planar a grandes alturas.

Distribuição Geográfica

Presente em grande parte do Brasil onde haja vegetação aberta e lagoas, campos em solos pantanosos ou periodicamente alagados, como na Ilha de Marajó (Pará), Pantanal e Ceará. Encontrada também no Paraguai, norte de Argentina, norte de Uruguai e parte da Bolívia. No sul de América do Sul é presente outra sp. que não ocorre no Brasil. T. melanopis ocorre no sul da Argentina e Chile.

Fonte: Wikiaves, Anabela Silveira de Oliveira Deble, Bióloga, Dra. Prof. do Curso de Ciências Biológicas e Gestão Ambiental da Urcamp

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