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Ico Charopen mantém mandato de prefeito em Santana do Livramento

Após sessão que durou quase sete horas Ico foi salvo por sete votos contrários a cassação

Desde as primeiras horas, Santana do Livramento vivia a expectativa sobre o resultado da votação de cassação do mandato de prefeito Ico Charopen, por possíveis irregularidades durante sua administração. A sessão estava marcada para ter início às 8h30 da manhã, mas acabou atrasando por problemas técnicos na Câmara. Ao final, depois de quase sete horas de sessão Ico Charopen foi mantido no cargo. Foram 10 votos à favor da cassação e 7 contrários, número que o mantém no cargo

Ainda pela manhã, diversos vereadores se pronunciaram na tribuna. O Vereador Enrique Civeira, falou de seu gabinete, pois não pode ter contato com o prefeito afasto pelo processo de organização criminosa, que os afastaram desde 27 de dezembro de 2019.

Alguns vereadores antecipadamente externaram seus votos. O Vereador Maurício Galo del Fabro disse ser a favor da cassação. O Vereador Marco Monteiro, também comentou que seu partido votaria pela cassação do réu. Já o Vereador Danúbio Barcellos comentou que estudou para sua decisão e disse que esperava que a justiça seja feita.

Às 9h13min, o Vereador Antonio Zenoir deu início a leitura da denúncia contra o prefeito Ico. Um grupo de pessoas, autodenominadas “Bolsonarianos”, realizaram a entrega do arquivo utilizaram como base do pedido a decisão tomada pelo juiz federal Lademiro Dors, na qual o município não compareceu na audiência de conciliação, audiência esta, que se resultou em uma multa de mais de R$ 4 milhões para o município.

Já era 10h31min, quando o Vereador Maurício Galo del Fabro leu a decisão do despacho do juiz substituto Luiz Filipe Lemos Almeida a respeito do pedido de segurança solicitado pelo prefeito afastado, que foi negado pelo juíz.

Por volta das 10h53min, a Bancada do PDT solicitou a anulação dos seus pedidos de leituras dos processos, solicitação que atrasaria ainda mais a decisão do processo. O advogado de defesa do Prefeito afastado Ico, também falou no plenário, e solicitou que fossem feitas perguntas sobre o pedido de segurança pois ainda segue o prazo de resposta.

Logo em seguida, o Vereador Carlos Nilo solicitou a leitura de ciência que a Justiça Federal apresentou sobre este processo. Nesse momento, Vereador Garrão solicitou explicações sobre a determinação se teria chegado em 2019 nas mãos do presidente da Câmara na ocasião, Maurício Galo del Fabro, a solicitação foi indeferida pelo presidente Romário Paz, pois o próprio vereador Garrão poderia fazer a pesquisa deste documento anteriormente.

Já era 11h30min da manhã, quando o Vereador Lídio Mendes Melado iniciou sua fala no plenário. Ele disse, que “senhores vereadores, a nossa política dói, pois nós também temos culpa. por não aceitarmos pedidos de cassação de prefeitos anteriores. O mesmo juíz que penalizou o município, reduziu a multa”.

O Vereador Carlos Nilo disse em seu pronunciamento, que “poderia ser R$ 4 milhões, R$ 100 mil ou até R$ 0,50 centavos, prejuízo é prejuízo, e não pode haver danos aos cofres desta forma”, destaca. A Vereadora Maria Helena disse, que “Como o prefeito poderia tomar providência se estava afastado”.

Por volta das 12h35min, o Vereador Maurício Galo del Fabro também fez seu discurso, onde argumentou que “nós não criamos estes problemas, historicamente Livramento será lembrada por este pedido de cassação do mandado do prefeito afastado”.

“Como presidente da comissão processante, tenho certeza de que tudo foi feito até o encerramento dos 90 dias que findam hoje. Nós estávamos juntos na sala da presidência, onde o vereador Galo falou para trocar o que der, fazer uma limpa nos cargos e iniciar do zero. Não existe mais espaço para colocar pessoas por amizade, necessitamos cada vez mais de pessoas qualificadas”, disse o Vereador Danúbio Barcellos em seu pronunciamento.

ÀS 12h57min, o Vereador Dagberto Reis iniciou sua fala. Ele disse, que “o partido dos trabalhadores sempre foi contra o mandato de Ico e Mari e eu não posso deixar de seguir o meu partido em que sou filiado por 20 anos”.

Já era passado das 13h, quando a defesa foi convidada para se pronunciar sobre o caso. Inicialmente sua fala começou criticando a entrevista concedida pelo procurador Rodrigo Graeff, à RCC FM, no programa “Conversa de Fim de Tarde”. Alegaram que, o procurador não deveria ter se pronunciado horas antes do início da sessão de hoje.

Vale lembrar, que entrevista ocorrida na terça-feira (12), o Procurador da República, Rodrigo Graeff, disse que “o prefeito afastado teve diversas chances de apresentar justificativas às acusações, mas mesmo assim, não o fez, e que a imputação foi feita perante o Poder Judiciário, o qual oportunizou a ampla defesa e o contraditório ao então gestor do município que teve todas as oportunidades constitucionais e legais para demonstrar eventual licitude e probidade na sua prática”.

Fonte: APlateia

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