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Especialista fala sobre o coronavírus na vida prática e psicológica das pessoas

O isolamento social imposto pelo coronavírus é algo que vem preocupando

O isolamento social imposto pelo coronavírus é algo que vem preocupando, assim como o turbilhão de informações e emoções as quais estamos sendo submetidos, desde a constatação desta pandemia. Esse é um desafio que a população mundial está sendo obrigada a superar.

A reportagem do Jornal Minuano conversou com a psicóloga e psicoterapeuta psicanalítica, colaboradora do Caderno Ellas, Adriana Di Lorenzo, e, agora, traz dicas para nossos leitores. Ela explica que embora seja um fenômeno mundial, este confinamento incide sobre as pessoas de forma bem particular, de acordo com a história, condições e sofrimento de cada um. “Temos que procurar uma nova forma de viver com essa realidade. Se você saiu da negação e já entendeu, se já reconheceu que o confinamento e o distanciamento social são sérios e necessários, significa que, literalmente, a ‘ficha caiu'”, argumenta.

A psicóloga sugere que as pessoas se organizem de acordo com o seu temperamento, com o seu jeito de funcionar. “Por exemplo, se você sempre gostou de rotina – sempre foi organizado com seus horários – procure reproduzi-lo no dia a dia. Faça sua rotina, só que, agora, na sua casa. Inclusive sua rotina de trabalho”, especifica.

Outra dica importante da especialista é ‘mantenha-se informado’. “Tome cuidado nesse meio, com as fontes e veracidade das notícias. E não gaste toda a sua energia ficando conectado 24 horas por dia. Saber sobre tudo o tempo todo não trará o controle sobre nada e pode desesperá-lo e criar angústias desnecessárias, além de contaminar com esses sentimentos o resto das pessoas de sua casa”, alerta.

Adriana considera fundamental encontrar amigos virtualmente. “É muito importante que as interações sociais permaneçam, que não fiquemos totalmente isolados. A troca entre as pessoas ajuda em muito a atravessar esse processo tão difícil”, pondera.

“Antes de qualquer coisa, é preciso se organizar, planejar e ser criativo, pois o momento de privação pode causar sofrimento e, inclusive, pode adoecê-lo. Caso isso aconteça, caso perceba que não consegue lidar sozinho com esta situação, talvez seja necessário auxílio profissional. Muitos psicólogos, estão usando da tecnologia a disposição e atendendo de diferentes formas virtuais. Teremos que nos engajar coletivamente para o sucesso da nossa própria sobrevivência”, conclui.

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Dicas

  • Ficar em casa de pijama como se todos os dias fossem domingo pode deprimi-lo.
  • Aquilo que tanto reclamávamos, que tanto nos fazia falta, está aí: o tempo! Use-o. Aproveite-o.
  • Leia mais, ouça as músicas que gosta, assista a mais filmes.
  • Faça atividade física.
  • Há cursos on-line – pintura, desenho, línguas estrangeiras, enfim, várias opções e possibilidades.
  • Aproveite para fazer “aquela” faxina, organizar os armários e outras coisas da casa.
  • Sobre crianças e adolescentes – é muito importante também manterem a interação social e, na medida do possível, suas rotinas adaptadas.
  • Coloquem os limites de forma clara para eles.
  • Aproveitem, para fazer atividades juntos. Brinquem! Sejam pacientes e compreensivos nesse momento!
  • Já o adolescente, pela sua fase, tem dificuldade de aceitar o perigo. Converse com seu filho. Convide-o a pensar. Para aqueles que desejam sair de casa, é importante ajudá-lo a refletir, a perceber a responsabilidade que ele pode ter na morte de alguém, ou melhor, a entender que ele também é parte da solução.

Fonte: Jornal Minuano

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