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Qwerty Editorial – bastará tapar os olhos?

Uma breve reflexão sobre o comportamento humano diante dos problemas

Haverá alguém totalmente feliz? Pensamos que a resposta seja negativa, afinal, tal individuo, caso exista, poderá ser classificado na categoria dos egoístas e indiferentes. Muito embora nosso pequeno planeta, seja o único conhecido da ciência que oferece as condições perfeitas para a vida, a superfície da Terra está repleta de desafios, sejam eles de ordem física ou moral. Daí o afirmarmos que parece ser difícil, por mais condições que uma pessoa disponha, que esta seja totalmente feliz. E caso isso ocorra, ao seu lado haverá dezenas, senão milhares de pessoas passando pelas mais acerbas dificuldades, ou seja, como ser feliz ao lado de tamanha infelicidade?

Nesse cenário, os problemas, as dificuldades, são inerentes a toda as pessoas, independente de cor, crença, posses, cultura, ninguém está isento dos desafios de viver. Diante disso, existem algumas opções: tapar os olhos, isto é, fingir que não existem problemas; ignorá-lo, o que equivale à mesma coisa; ou enfrentar as vicissitudes do dia a dia e tentar mudar o ambiente ao seu redor.

Acontece que assim como os problemas, as pessoas são diferentes. O mundo é heterogêneo, o que é uma coisa boa, e é justamente isso que nos aproxima. Por não sermos iguais, a forma como encaramos as variadas situações também varia. Uns aceitam as ocorrências como um destino absoluto, sem possibilidades de mudanças; outros, munidos de livre arbítrio, escolhem trilhar a própria estrada, sair do lugar comum, fazer acontecer.

É certo que nem todas as pessoas possuem o perfil para liderar, empreender, tomar a frente, porém, fechar os olhos, cruzar os braços nunca foi a melhor opção, o mundo a nossa volta nos mostra isso.

Em uma escala maior, podemos analisar o contexto das cidades, de Dom Pedrito, por exemplo. Os problemas históricos que enfrentamos na área da segurança vêm de certa forma, sendo enfrentados de maneira local, com muita competência, ao longo das décadas. Todavia, o mesmo não se pode dizer quando voltamos os olhares para o Piratini, que ano após ano, olha passivo o desaparelhamento de nossas forças de segurança, tema que já foi exaustivamente falado neste espaço.

Tapar os olhos, como exposto, não parece ser a melhor opção. Além de causar a ilusão de que o problema não existe, faz com que ele se avolume e se torne de mais difícil enfrentamento. Nesse contexto é que aparece a velha máxima: “é melhor prevenir do que remediar”. Mas o que isso tudo tem a ver com o dia a dia das pessoas? Respondemos que tem tudo a ver, afinal, diz respeito ao modo como cada pessoa vive e influencia a vida dos demais.

Ao ouvir isso, talvez muitos pensem serem afirmações vazias, destituídas de conteúdo, que os homens são mesmo corrompidos, desiludidos de si mesmos. Sem problemas, é um direito que lhes assiste. Porém, a realidade mostra que não são estes os que alcançam os seus objetivos, que não são estes os conseguem conviver de forma harmoniosa no meio em que estão.

Acordar todos os dias e ter um objetivo a alcançar; acreditar que as dificuldades só existem para serem superadas; transformar os problemas em ferramentas de superação, podem até ser medidas difíceis de por em prática, ainda mais quando tudo puxa para baixo, mas são formas de avançar, progredir e mudar o mundo.

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