Audiências sobre o motim no PEDP estão chegando ao fim
Trabalhos encerram na próxima semana com as videoconferências

No final da tarde de ontem (11), nossa reportagem recebeu informações sobre o andamento das audiências no Fórum de Dom Pedrito, sobre o motim ocorrido no ano passado no Presídio Estadual de Dom Pedrito (PEDP). Com relação ao processo do motim na casa prisional, cerca de 30 apenados foram indiciados por um homicídio triplamente qualificado, e quarenta e duas tentativas de homicídio qualificadas, além de danos ao patrimônio público e organização criminosa.
O advogado Sérgio Roberto Vieira, representa a Defensoria Pública nas as audiências de instrução do processo, sendo que outros seis acusados constituíram advogados particulares. Já o Promotor Leonardo Giron, atua pelo Ministério Público. Já foram ouvidas de maneira presencial, mais de 80 pessoas, além de outras duas de Rosário do Sul, entre vítimas, testemunhas e acusados. Na próxima terça-feira (16), recomeçam as audiências via videoconferência, de 29 acusados presos em diversos presídios do Estado. O trabalho deverá ser encerrado até sexta-feira (19), após a conclusão, restará apenas a sentença que será proferida.
Relembre o caso
No dia 19 de março do ano passado, ocorreu um motim no Presídio Estadual de Dom Pedrito. Na ocasião, dezenas de detentos invadiram uma ala destinada aos presos em isolamento especial, e também a ala destinada a celas femininas do estabelecimento prisional.
De acordo com o delegado André de Matos Mendes “As investigações apontaram que o objetivo dos amotinados era matar dois presos que eram considerados inimigos do chefe de organização criminosa que domina o pavilhão onde ocorreu o motim. No dia do fato, os detentos amontoaram colchões, cobertores, bancos e outros objetos e atearam fogo em frente às celas onde estavam as vítimas pretendidas, causando um grande incêndio no interior da galeria, ocasionando a morte de um preso, queimaduras de terceiro grau em outros dois presos, e expondo a perigo de morte outros 40 detentos, sendo 12 vítimas mulheres, todos recolhidos à ala invadida”.
Ainda de acordo com o delegado, a investigação analisou as gravações das câmeras de segurança e identificou 31 detentos envolvidos no crime, destacando, que “importante salientar que, mesmo que os suspeitos já estivessem recolhidos ao sistema prisional, muitos deles estavam prestes a ganhar liberdade provisória. Desta forma, com o cumprimento das prisões preventivas, buscou-se deixar a comunidade mais segura”.