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Qwerty Editorial – Afinal, quem é o bandido da história?

Análise do cenário social com relação à segurança

A segurança, ou a falta dela, é tema recorrente em todos os meios de comunicação pedritenses. A Qwerty Portal de Notícias se destaca no acompanhamento das ações das polícias militar e civil, e por isso conhece mais a fundo a realidade do setor. Não precisa ser nenhum especialista para ver que os problemas possuem uma estrutura, e como tal, existe uma base. E a base do problema da segurança, seja em que lugar for, começa na formação dos caracteres individuais de toda criatura. O ditado popular “pau que nasce torto, nunca se endireita” possui certa semelhança com o comportamento humano, embora, muitos homens consigam, depois de um tempo mais ou menos longo, se reeducar.

Todavia, a prevenção como medida profilática de médio e longo prazo parece ser a ação mais eficaz para se combater problemas com a violência, por exemplo. Educar o jovem para não punir o adulto, diz outro adagio, é de certa forma, uma verdade.

Infelizmente, muitos valores acabaram por se perder no caminho da evolução humana. As contingências da vida moderna criaram outras necessidades e nesse contexto, a família restou prejudicada. Resultado: uma total falta de controle, e não nos referimos à taxa de natalidade, mas sim, a completa banalização do direito alheio – direito de ir e vir, direito ao respeito, direito à vida. Sim, à vida, porque esta também parece ter perdido o valor, visto que é com esta moeda que traficantes dos grandes centros, internados em nossa casa prisional, tem cobrado aqueles que não lhes pagam a droga adquirida.

Por todo canto, em bocas de fumo, traficantes vão plantando a semente da insegurança. Eles ameaçam vizinhos, criam um ambiente de medo. Alguns deles até se destacam na atividade, por vezes angariando até admiração. Frequentemente eles são visitados pela polícia, que obviamente, não pode usar de delicadeza para com esses ratos da sociedade. O estranho e até, assustador, é que quando as ações da polícia vêm a público, existem seres com a capacidade de literalmente “defender bandido”.  Alegam que os policiais são muito truculentos, que as pessoas em questão são inocentes, vítimas da sociedade, enfim, fazem do beija-flor, um morcego, invertem os papeis ao ponto de colocar a dúvida sobre quem é o bandido e quem é o mocinho.

O fato é que a segurança da sociedade pedritense agoniza. A família como instituição, perdeu o norte. Crianças e adolescentes, jovens que mal sabem o perigo a que se expõem, são vistas pelas ruas nas madrugas, bebendo, fumando, consumindo drogas. E os seus pais, sabem onde eles estão? O que estão fazendo? Com quem andam? Certamente não. Mais tarde, quando recebem o telefonema da polícia, a visita do Conselho Tutelar, ou veem os rostos e nomes de seus pupilos estampados nos noticiários, eles se espantam, se horrorizam, imprecam contra o sistema, quando em verdade, eles próprios não cumpriram com sua função na sociedade.

O que fazer então? Essa deve ser a grande discussão dos próximos tempos.

Aos que não apreciam ver suas individualidades ou a de seus conhecidos expostas nos noticiários policiais, uma forma há somente: fazer o que é certo, ser um cidadão de bem, cumprir os seus deveres.

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