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Segurança pública foi tema de audiência na Câmara de Vereadores

Diversas lideranças trouxeram experiências e compartilharam possíveis soluções para o enfrentamento da violência

O final da tarde de ontem (28), ficou marcado por mais uma Audiência Pública para tratar sobre o recrudescimento da criminalidade em Dom Pedrito. Assaltos, atentados a bomba, tráfico de drogas, homicídios vêm causando verdadeira sensação de impotência na população diante da falta de comprometimento do Estado em cumprir aquilo que é responsabilidade sua.

Proposta pelo vereador Sergio Roberto Vieira, foram convidados diversos representantes, destaque para o prefeito Mário Augusto de Freire Gonçalves e seu vice Alberto Rodrigues; vereadores, o juiz titular da 2ª Vara da Comarca de Dom Pedrito, Luis Filipe Lemos Almeida; o Promotor de Justiça Leonardo Giron; o cap. Patrique Rolim Marques; o presidente do Consepro, Marcos Batista Brum de Brum, o presidente da CDL, Oberti Belifel, lideranças comunitárias e imprensa local. A Polícia Civil só não se fez presente porque trabalhava nos preparativos de uma operação que foi deflagrada nesta manhã.

Vereador Sérgio Roberto Vieira

De início, tomou a palavra o propositor da reunião, que relatou o atual estado de coisas, salientando que no dia em que formulava com demais vereadores aquela reunião, recebia a noticia de que há pouco haviam assaltado a Óptica Moderna, episódio em que foi sequestrado um taxista para utilização de seu carro na prática do crime.

Na sequência, trouxe outros fatos que foram recentemente noticiados na imprensa e que este era um dos objetivos de se buscar uma solução. Entre as causas levantadas pairou sempre a falta de efetivo, tanto da Polícia Civil, como da Brigada Miliar. Inobstante, ressaltou o trabalho ágil do Ministério Público e do Judiciário locais no cumprimento da lei.

Marcos Brum

Marcos Brum, falando em nome do Consepro, narrou as ações que vem tomando junto aos órgãos de segurança do município, notadamente no apoio direto à manutenção de muitos serviços, destaque para a breve instalação de quatro câmeras de vídeo monitoramento em pontos chave, entrada e saída de Dom Pedrito, registrando, assim, todos os veículos que chegam e saem do município. As imagens ficarão disponíveis para a PRF e para a BM, auxiliando, deste modo, a tomada de decisões por esses órgãos. Marcos cobrou o cumprimento do TAC – Termo de Ajustamento de Conduta alinhado em maio deste ano, onde, nenhum dos pontos foi trabalhado até o momento, como a permanência de menores em bares e similares em horários considerados inoportunos, por exemplo. A criação de um Batalhão de Fronteita, surgiu como uma ideia a ser buscada pelas autoridades locais, no intuído de aumentar o efetivo dessa região. para Marcos, todas essas medidas devem passar, invariavelmente pela atuação do poder público local e apoio da comunidade que precisa, mais do que nunca, unir-se na busca de uma solução.

Cap. Rolim

Cap. Rolim, representante da Brigada Militar local falou das dificuldades que a instituição enfrenta, notadamente no quesito efetivo local, que perdeu nas últimas décadas diminuiu exponencialmente, o que infelizmente prejudica o policiamento ostensivo. Lembrou que desde a última Audiência Pública realizada, tratavam-se praticamente os mesmos assuntos, e das soluções almejadas, quase nada se alcançou, mas que espera que depois dessa reunião algo de concreto aconteça.

Oberti Belifel, à direita

 

Oberti Belifel, como presidente da CDL – Câmara de Dirigentes Lojistas, trouxe o triste quadro que os comerciantes estão vivenciando diante da insegurança vivida atualmente. Falou das ações que a entidade realizou, como aquela que foi desenvolvida em parceria com a Qwerty e o Sindicato Rural, quando da instalação das câmeras de vídeo monitoramento em alguns pontos da cidade. Mas cobrou atitudes daquele que por força de lei deveria oferecer segurança às pessoas de bem, qual seja, o governo do Estado.

Outros representantes da comunidade levantaram suas demandas, sempre revelando o temor e o pedido de providências das autoridades. Vereadores contribuíram com suas percepções sobre os problemas e possíveis soluções na melhoria da segurança pública.

Prefeito Mário Augusto

O prefeito Mário Augusto, como representante do poder Executivo também se disse preocupado com essa situação e lembrou das competências que cada instância possui, uma vez que, na sua visão, não é somente o Executivo municipal que deve se preocupar com a segurança pública. Contestou a sugestão do vice-prefeito Alberto Rodrigues sobre a viabilidade da criação de uma guarda pública municipal. Também falou de suas visitas ao governo do Estado na busca por recursos e efetivo.

 

Leonardo Giron, Promotor de Justiça

Dr. Leonardo Giron, representante do MP falou dos poucos mas valorosos policiais que aqui trabalham, especialmente com relação a Polícia Civil que recentemente foi mais prejudicada com o afastamento de um servidor da seção de investigações, o que de certa forma pode prejudicar a produção de inquéritos e consequentemente, as questões jurídicas futuras. Afirmou que o MP é parceiro para o que for preciso na construção de uma solução na questão da segurança.

Juiz Luis Filipe

Dr. Luis Filipe, bastante objetivo, fez um panorama da situação caótica pela qual vive a segurança pública como um todo. Entre as razões para que hoje a sociedade se encontre acometida por esse mal chamado criminalidade, estão as ações equivocadas tomadas pelos governos nos últimos 40 anos, daí não existindo uma solução de curto prazo. Em sua ótica, qualquer medida nesse terreno passa obrigatoriamente pela tomada do controle das casas prisionais, hoje verdadeiros celeiros de comandantes do tráfico e da criminalidade em geral, quartéis generais de onde partem ordens de vida e de morte sobre aqueles que estão, supostamente, em liberdade. Assumir novamente a autoridade sobre os presídios garantirá que boa parte das ações desenvolvidas do lado de fora tenham êxito

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