Dom Pedrito – Valeri Dotto acusado de matar pedritense em 2008 é condenado a 16 anos de prisão

O júri popular que condenou Valeri Luiz Dotto, 57 anos, acusado de matar a sua mulher, a pedritense Lenira Oliveira, em 2008, terminou por volta das 18h desta terça-feira (27), em Santa Maria. O julgamento ocorreu no Fórum daquela cidade e teve duração de nove horas. Dotto foi condenado há 16 anos de prisão em regime fechado. Segundo informações do Diário de Santa Maria, os advogados de defesa, Daniel Tonetto e Leonardo Sagrillo Santiago, vão recorrer.
O crime aconteceu na manhã de 1º de maio de 2008, na Rua Venâncio Aires, na residência do casal. Lenira Oliveira Dotto, 52 anos, foi esfaqueada na região do tórax. Em um primeiro momento, a 3ª Delegacia de Polícia Civil (3ª DP), que investigou o crime, trabalhou com a hipótese de latrocínio (roubo com morte): a casa teve o portão arrombado e foi revirada.
No transcorrer das investigações, o delegado Carlos Alberto Gonçalves, então titular da 3ª DP, averiguou que Dotto havia feito um seguro de vida em nome de Lenira, em 10 de abril de 2008, no valor de R$ 275 mil, cujo único beneficiário era ele. Com a novidade, o caso teve uma reviravolta e Dotto foi formalmente acusado pela Polícia Civil gaúcha e Ministério Público do Rio Grande do Sul.
O empresário já havia sido julgado pelo crime em 5 de julho de 2011, porém, na época, foi absolvido. Os então advogados de defesa Antonio Carlos Porto e Silva, Daniel Tonetto e James Tiago Coelho utilizaram como tese a negativa de autoria do crime. No entanto, o promotor no primeiro julgamento, Joel de Oliveira Dutra, entrou com pedido na Justiça de um novo julgamento porque acreditava que a decisão dos jurados havia sido contrária às provas do processo, que apontariam somente o empresário como suspeito. Em 2008, Dotto chegou a ficar preso por alguns dias, mas acabou sendo solto.
O julgamento contou com sete novos jurados e com o promotor Alexandre Salim.