Dom Pedrito – Origem dos registros no Conselho Tutelar: falta de limites e famílias desestruturadas

O conselheiro tutelar Antônio Cândido Dutra Pinto (Zuza), que realizou plantões durante todo o mês de janeiro e continua atuando no fevereiro em curso, revela que os casos que tem atendido são recorrentes, basicamente os mesmos problemas que enfrentou em 2014, quando também atuou no início do ano. Em algumas vezes as ocorrências envolvem até as mesmas famílias. "Os pais se separam e, no clima de discórdia e disputa que se estabelece entre eles quem acaba sofrendo são as crianças", ilustra. Já sobre os adolescentes, admite que dão mais trabalho aos conselheiros, quando são infratores, o que tem como principais causas, em seu entendimento, a desestruturação familiar e a falta de limites na educação.
"Alguns simplesmente não medem as consequências de seus atos. O problema está no berço. Mas a sociedade está doente e a principal doença são as drogas. Esses jovens são pessoas boas, eles no fundo não querem fazer nada errado ou mal aos outros. As drogas os levam a isso", acrescenta.
O Conselho Tutelar, segundo Antônio Cândido anunciava antes do carnaval, atuaria nestas festas como de praxe, isto é, quando provocado mediante denúncia. Não havia nenhuma operação – as chamadas 'blitz' – para acontecer neste período.