Dom Pedrito – História: as lembranças e recordações do passado
O tempo cada dia passa mais rápido. As tecnologias estão cada vez mais avançadas e as novidades chegam minuto a minuto. A sociedade caminha e corre contra o tempo. O que passou apenas fica nas lembranças e o que surge começa a ser história. O Portal Qwerty relembra um serviço muito conhecido no Brasil, mas que hoje não existe mais na Capital da Paz. Quem usou o serviço comenta como funcionava e o que oferecia. A reportagem está falando do Aeroporto de Dom Pedrito, mais conhecido como “Aviação”. Na época, os aviões faziam seus pousos e decolagens no bairro São Gregório, local onde foi construída a Universidade Federal do Pampa (Unipampa). O espaço, que foi muito usado por turistas e viajantes, agora está destinado à educação.
Entre os anos de 1940 e 1950, o município chegou a contar com três empresas aéreas, as quais faziam a rota Porto Alegre x Dom Pedrito e vice-versa, tendo escalas em Rio Grande e Pelotas. As companhias mais conhecidas da época eram a Viação Aérea Riograndense (Varig), Sociedade Anônima Viação Aérea Gaúcha (Savag) e Serviços Aéreos Cruzeiro do Sul (Sasul). Na época, três voos diários iam para a capital, mas, com o passar do tempo, uma das companhias já oferecia três voos semanais e sendo assim respectivamente.
O local chamava muito a atenção dos populares e, quando os aviões iam pousar, os pilotos faziam voltas no céu, com a finalidade de avisar os pedritenses que ia ocorrer o pouso. De acordo com o museólogo, Adilson Nunes de Oliveira, o aeroporto reunia muitas pessoas, quando ocorriam as decolagens e os pousos. A atração do passado era o aeroporto, pois era todo iluminado e recebia muitos visitantes. Com o passar do tempo, as três companhias pararam de prestar os serviços e quem precisava viajar teve que passar a se deslocar até o município vizinho, Bagé, para então embarcar ao seu destino. O Aeroporto Internacional Comandante Gustavo Kraemer recebia, além dos bageenses, também os pedritentes. Mas o serviço voltou em breve e as empresas retomaram a rota aos poucos.
Em meados de 60, o serviço parou totalmente na Capital da Paz e a companhia que mais prestou serviços foi a Varig, pois a Savag foi absorvida pelos Serviços Aéreos Cruzeiro do Sul. Logo depois, a Sasul foi absorvida também pela Varig, companhia que continuou prestando os serviços, mas somente a partir de Bagé. Os pedritenses faziam as mesmas escalas e o tempo de viagem chegava a ser de apenas uma hora. Conforme informações do Museu Paulo Firpo, o representante da Varig, mais antigo do Brasil, foi Nazeazeno Vargas. Os viajantes retiravam as passagens na antiga “Papelaria A Gaúcha”, em uma mesa, onde o representante estava. Hoje, a história do aeroporto de Dom Pedrito é somente guardada nas lembranças e fotos daqueles homens e mulheres que utilizaram muito o serviço.
