Dom Pedrito – Pronto Socorro continua com carência de médicos

A falta de médicos que aceitem trabalhar no Pronto Socorro de Dom Pedrito continua sendo um dos principais problemas do município, em termos de saúde pública. O setor já contou com 12 desses profissionais e, atualmente, tem apenas 8, sendo que, destes, 6 vêm de outros municípios. Com número tão pequeno de médicos, as jornadas de trabalho se revelam longas e cansativas, alguns chegando às 24 horas de plantão ininterrupto.
Considere-se, ainda, que o número de atendimentos no PS só vem aumentando: “Enquanto que a média vinha se mantendo de 130 a 150 pacientes por dia, fechamos o mês de setembro com média de 180 pacientes/dia”, revela o provedor da Santa Casa de Caridade de Dom Pedrito, Luiz Carlos Moraes Costa. A remuneração da categoria não é considerada problema, já que o município está pagando a hora/médico a R$ 100,00 (cem reais) nos dias úteis e R$ 120,00 (cento e vinte reais) nos fins de semana e feriados, valores considerados bons se comparados com o que se pratica na região.
O problema, portanto, continua sendo a elevada carga de trabalho que os médicos têm que arcar, ainda que, em um sábado, domingo ou feriado, por 24 horas de atendimento, um plantonista chegue a ganhar a importância de R$ 2.880,00 (dois mil, oitocentos e oitenta reais), só para citarmos um exemplo. Quanto à expectativa de que o trabalho dos médicos cubanos, nos Núcleos de Saúde dos bairros, reduziria as consultas eletivas no Pronto Socorro, o provedor Moraes garante que isso não está acontecendo. Ao contrário, conforme já foi dito, em setembro o número de pacientes aumentou, em média, no PS.
Por: Silvio Bermann
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