Dom Pedrito – Corsan ganha mais prazo para responder ao MP
Agora, a Companhia Riograndense de Saneamento (Corsan) tem até o dia 12 de fevereiro para responder ao Ministério Público Estadual – Comarca de Dom Pedrito – se irá aceitar o Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) proposto à Companhia pelo promotor de Justiça Rudimar Tonini Soares. O prazo de 10 dias para obter a resposta da Autarquia expirou na segunda-feira passada (3) e a Corsan pediu mais 10 dias, desta vez concedidos pelo promotor de Justiça Luciano Gallicchio, já que seu colega, Rudimar, está em gozo de férias.
Em pauta, a tentativa do MP de que a Companhia compense de alguma forma a população pelos maus serviços prestados durante os últimos meses, em que a população vinha recebendo água com muitos resíduos de manganês, apresentando o produto uma coloração escura, semelhante à Coca-Cola, obviamente impossível de ser ingerida, inobstante os argumentos de que a mesma não faz mal à saúde.
A isto some-se outros problemas decorrentes: roupas manchadas, muita água consumida por expurgos que as famílias passaram a fazer em suas próprias casas, deixando as torneiras abertas até que a água clareasse, reservatórios com muitos litros de água tendo de ser esvaziados depois de essa água ter passado pelo registro, despesas para limpar aqueles reservatórios, períodos de falta de água e a retomada do abastecimento com muito ar na tubulação, o que, vamos recordar, um gerente da Corsan que foi bastante respeitado quando atuou em Dom Pedrito, chamado Pedro Elias, admitiu que essa pressão mexe, sim, com o ponteiro do hidrômetro, registrando um consumo que não existiu (não recordamos de outro representante da Companhia que tenha tido a coragem de admitir tal fenômeno, via-de-regra, sempre negado historicamente).
Enquanto a situação não se resolve, o povo continua ansioso para saber se terá ou não de pagar por uma água de má qualidade ou por um produto que até não consumiu.
